Africadas [tS] e [dZ] no Português Sergipano
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Neste livro, descrevemos a gramática das realizações africadas alveopalatais [??] e [??] no português falado por sergipanos com idade igual ou acima de 60 anos: nessa variedade do português, as r

Autor(a): Antônio Félix de Souza Neto
Editorial:Editora dialetica
Edición:2021-09-01
Formato:Libro Impreso Por Demanda
ISBN: 9786558770336

 
Neste livro, descrevemos a gramática das realizações africadas alveopalatais [??] e [??] no português falado por sergipanos com idade igual ou acima de 60 anos: nessa variedade do português, as realizações africadas [??] e [??] estão restritas a alguns itens lexicais de natureza onomatopaica e antroponímica e a contextos em que o aproximante palatal adjacente [?] de ditongo dos tipos vogal+[?] e [?]+vogal é esperado. Nosso tratamento quantitativo (estatístico/probabilístico) com o software R demonstrou que, embora em variação com suas contrapartes oclusivas (dento)alveolares plenas [?] e [?] e africada alveolar [??] nos referidos contextos de ditongo, as africadas alvopalatais ([??] e [??]) são quase categóricas, predominando em 94% dos dados da nossa pesquisa. Evidências acústicas apontam uma correlação sistemática entre monotongação – ou o apagamento do aproximante palatal [?] adjacente (precedente ou seguinte) dos decursos vogal+[?] e [?]+vogal – e as realizações africadas alveopalatais ([??] e [??]). Constatamos que, tanto nos itens lexicais de natureza onomatopaica e antroponímica quanto nos contextos em que o aproximante palatal [?] é apagado da superfície, as africadas [??] e [??] têm potencialidades contrastivas (fonêmicas/fonológicas) no léxico dessa variedade. A partir dessas constatações, levantamos a hipótese de que essas restrições fazem parte de uma gramática das africadas ([??] e [??]) que tem a propriedade de preservar o léxico. A regra generalizante dessa gramática pode, pois, ser deduzida nos seguintes termos: as realizações africadas alveopalatais [??] e [??] se restringem a alguns itens lexicais de natureza onomatopaica e antroponímica e a contextos nos quais o gatilho ([?]) que dispara a regra (africação) da qual [??] e [??] resultam pode ser apagado logo em seguida. À luz da Fonologia Autossegmental, tal como documentada em Goldsmith (1995), nos itens lexicais em que o gatilho ([?]) do processo do qual resulta não figura na adjacência, estamos interpretando a realização [??] como africada plena e, por conseguinte, “segmento de contorno” ([??]); já em contextos em que o aproximante palatal [?] de ditongo (incluindo aqueles que podem ocorrer por inserção (epêntese) desse aproximante palatal [?]) dos tipos vogal+[?] e [?]+vogal é esperado, entendemos que essas realizações africadas podem ser interpretados como “segmentos complexos” ([??] e [??]) ou “de contorno” ([??] e [??]), resultantes de um único processo – espraiamento bidirecional de traços do aproximante palatal [?] esperado – que gera uma articulação [palatal] menor/secundária ([?]) ou um segmento fonético fricativo [palatal] ([?] ou [?]) intruso. Nos termos da Fonética Articulatória (BARBOSA; MADUREIRA, 2015), essa interpretação é compatível com coarticulação preservatória ou antecipatória de traços do aproximante [?]. À luz da Fonética Acústica – tal como documentada em Ladefoged e Maddieson (1996), Ladefoged (2001), Ladefoged e Johnson (2011), Barbosa e Madureira (2015) e Kent e Read (2015) – trata-se de um segmento em duas fases (oclusão e fricção) sucessivas. Com os recursos do software PRAAT, testamos nossa hipótese de a interação do apagamento do aproximante palatal [?] com a africação alveopalatal de /?/ e /?/ coincidir com um alongamento compensatório dos segmentos africados [??] e [??] adjacentes. Concluímos que as restrições dessa gramática se justificam pela correlação do traço [palatal] do aproximante [?] com [??] e [??] e pelas potencialidades contrastivas (fonêmicas/fonológicas) destas africadas na variedade do português falado pelos sergipanos idosos. O produto final desta tese dá as dimensões qualitativa e quantitativa à pesquisa que lhe dá ensejo.Palavras-chave: Africada (Fonética). Fonologia. Fala. Idosos. Sergipe
Alto
230 mm
Ancho
155 mm
Autor(a)
Antônio Félix de Souza Neto
Editorial
Editora Dialetica
Idioma
por
ISBN
9786558770336
Páginas
336
País de publicación
Brasil
Fecha de publicación
2021-09-01
Profundidad
19.94 mm
Peso
499 gr
Editora dialetica
PAP00683515
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